quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Cantigas de Resistência ou a voz de um povo que não umedeceu. Catolé do Rocha nos anos 60/70.

O potiguar Francisco Muniz de Medeiros , Frei Marcelino de Santana, natural de Santana do Matos/RN, ficou na história de Catolé do Rocha, na Paraíba, na época em que dominava do coronelismo de baraço e cutelo, as brigas dos Maia e Suassuna, da politicagem e a corrupção desenfreadas. Em 1991, publicou o livro contando a história em versos, a sua luta contra o atraso e o analfabetismo, construindo escolas profissionalizantes e arregimentando o povo para os trabalhos em favor da comunidade, principalmente dos pobre.
Um destaque é a sua integração e conscientização com os estudantes de Catolé do Rocha, fortemente influenciados pelas idéias socialistas. 1968 foi um ano de lutas dos estudantes. Um movimento radical tencionava implantar um núcleo de guerrilha na região, influenciado pela chama heroica de Che Guevara. os "guerrilheiros" de Capim-Açu, um serrote nas cercanias da cidade, fizeram treinamentos de sobrevivência no mato (caatinga, mato rasteiro), mas foram desbaratados por um policial militar que exercia as funções de delegado de Catolé do Rocha. Prisões domiciliares, interrogatórios, processos em auditoria militar e repressões ocorreram antes do AI-5 de 13 de dezembro de 1968.
A propósito, já está circulando o livro "Catolé do Rocha - coletânea em muitas lentes", editado sob a organização de Ana Lúcia Gomes Melo, mas isso é outra história.