quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Em dia histórico para EUA e Cuba, o que faz um navio espião russo em Havana?

Fonte: BBC
  • Há 7 horas
Getty
O navio espião russo Viktor Leonov chegou sem ser anunciado oficialmente por Cuba
Neste momento, autoridades cubanas estão recebendo uma comissão formada pelos principais diplomatas americanos para uma série de reuniões na capital Havana - algo que não ocorria há 35 anos - como parte dos esforços de reaproximação entre os dois países.
Ao mesmo tempo, um navio espião da Rússia está atracado à vista de todos no porto da cidade. Coincidência?
A visita da delegação americana é resultado dos planos anunciados em dezembro pelo presidente Barack Obama e pelo seu equivalente, Raúl Castro, de retomar relações diplomáticas mútuas.
Mas a aparição do navio espião Viktor Leonov na véspera da visita histórica da delegação americana é uma lembrança das rivalidades dos velhos tempos da Guerra Fria.

Surpresa

Reuters
Retomada de relações diplomáticas foi anunciada por EUA e Cuba em dezembro
O Viktor Leonov está ancorado em um píer de Havana Velha. Sua chegada não foi anunciada oficialmente pelas autoridades cubanas.
À agência AFP, autoridades americanas disseram que a presença do navio russo não tem importância, porque é perfeitamente legal e não tão incomum.
O serviço russo da BBC destaca que navios de inteligência do país viajam a Cuba com regularidade.
O próprio Viktor Leonov, que tem uma tripulação de 200 pessoas, esteve em Havana um ano atrás.

Base espiã

O crescente interesse do governo russo por Cuba levou a um acordo para reabrir uma base espiã na ilha.
De acordo com a imprensa russa, o acordo foi fechado durante a visita do presidente do país, Vladimir Putin, em julho passado.
Correspondentes veem a medida como parte dos esforços de Putin para reestabelecer a influência geopolítica do país, em meio à deterioração das relações entre Moscou e Washington com a crise na Ucrânia.

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