Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
| Este artigo é sobre uma pessoa que morreu recentemente. Algumas informações relativas às circunstâncias da morte podem mudar a qualquer instante.
Editado pela última vez em 26 de novembro de 2016.
| |
Ele nunca foi eleito através de eleições diretas, não permitiu a criação de partidos de oposição, nem liberdade de imprensa – Cuba é considerado um dos países com menor
liberdade de imprensa do mundo – durante o período em que esteve como líder do regime ditatorial cubano.
[4][5] Seu governo foi e continua sendo amplamente criticado pela comunidade internacional por violações aos direitos humanos.
[6][7][8]
Apesar das controvérsias, foi durante o governo de Castro que Cuba alcançou índices elevados de desenvolvimento humano e social, como a menor taxa de mortalidade infantil das Américas
[9], erradicação do analfabetismo
[10] e da desnutrição infantil
[11], tratamento gratuito de mais de 124 mil vítimas do
acidente nuclear de Chernobil[12], participação direta na luta pelo fim do
Apartheid na
África do Sul[13], treinamento de médicos do
Timor-Leste[14], entre outros.
Líder e secretário-geral do partido desde sua fundação, em 1965, em 19 de abril de 2011, Fidel, que já havia entregue o cargo de presidente em 2006, foi substituído como secretário-geral do Partido Comunista Cubano por seu irmão,
Raúl Castro, retirando-se oficialmente da vida política do país.
[15][16] Ganhou o Prêmio Olivo da Paz do Conselho Mundial da Paz em 2011 pela coexistência pacífica entre as nações e por ser uma personalidade que contribuiu para o desarmamento.
[17]
Biografia
Infância e estudos
Castro nasceu fora do casamento na fazenda de seu pai em 13 de agosto de 1926.
[18] Seu pai, Ángel Castro y Argiz, foi um migrante de Cuba a partir da
Galiza,
noroeste da Espanha.
[19] Ele tinha se tornado um bem sucedido produtor de cana-de-açúcar na fazenda de Las Manacas, em
Birán,
Província do Oriente,
[20] e depois do colapso do seu primeiro casamento, ele tomou sua serva doméstica, Lina Ruz González, como sua amante e mais tarde sua segunda esposa; juntos eles tiveram sete filhos, entre eles Fidel.
[21] Com 6 anos de idade, Castro foi enviado para viver com seu professor, em
Santiago de Cuba,
[22] antes de ser
batizado na Igreja Católica Romana aos 8 anos.
[23] Ser batizado habilitou Fidel a estudar no colégio La Salle, em Santiago, onde regularmente se comportava mal, e por isso foi enviado ao financiamento privado, a escola
jesuíta Dolores, em Santiago.
[24] Em 1945 transferiu-se para o colégio jesuíta mais prestigiado, El Colegio de Belén, em
Havana.
[25] Embora ele tivesse um interesse em história, geografia e debatido em Belén, ele não se destacou academicamente, em vez disso dedicou boa parte de seu tempo a praticar esportes.
[26]
Em 1945, Castro começou a estudar Direito na
Universidade de Havana.
[27] Admitindo que ele era "politicamente analfabeto", se envolveu em ativismo estudantil,
[28] e a violenta cultura
gangsterista dentro da universidade.
[29] Apaixonado por
anti-imperialismo e opondo-se a intervenção dos Estados Unidos no Caribe,
[30] ele, sem sucesso, fez campanha para a presidência da Federação de Estudantes Universitários (
Federación Estudiantíl Universitaria - FEU) com uma plataforma de "honestidade, decência e justiça".
[31] Tornou-se crítico da corrupção e violência do governo do presidente
Ramón Grau, com um discurso público sobre o assunto em novembro de 1946, que lhe valeu um lugar na primeira página de vários jornais.
[32]
Em 1947, Castro entrou para o Partido Socialista do Povo Cubano (
Partido Ortodoxo), fundado pelo político veterano Eduardo Chibás. Uma figura carismática, Chibás defendeu a justiça social, o governo honesto, e liberdade política, enquanto que o seu partido estava exposto a corrupção e exigia reformas. Apesar de Chibás perder a eleição, Castro permaneceu empenhado em trabalhar em seu nome.
[33] A violência estudantil em Grau logo se intensificou empregando líderes de gangues como policiais, e Castro logo recebeu uma ameaça de morte instando-o a deixar a universidade; recusando-se, começou a carregar uma arma e a cercar-se de amigos armados.
[34] Nos anos posteriores dissidentes anti-Castro o acusaram de cometer assassinatos relacionados com gangues na época, mas isto permanecem sem comprovação.
[35]
Início da carreira política
Depois de graduado, dedicou-se de modo especial à defesa dos opositores ao governo, trabalhadores e sindicatos, denunciou as corrupções e atos ilegais do governo de Carlos Prío através do diário
Alerta e das emissoras Radio Álvarez e COCO e se vinculou estreitamente ao Partido do Povo Cubano (Ortodoxo) que era liderado por Eduardo Chibás, partido pelo qual seria candidato a Representante nas eleições de 1952. O golpe de estado em 10 de março de 1952 por
Fulgencio Batista, ao qual Fidel condenou no diário
La Palabra e pretendeu levar aos tribunais, o convenceu da necessidade de buscar novas formas de ação para transformar a sociedade cubana.
[carece de fontes]
Nos dias que se seguiram ao golpe, imprimiu em
mimeógrafo e distribuiu clandestinamente sua denúncia. Uniu-se a jovens que editavam o periódico mimeografado clandestino,
Son los Mismos, sugeriu a troca de seu nome pelo de
El Acusador e foi coeditor desse novo órgão, onde assinou seus trabalhos apenas com seu segundo nome, Alejandro. Este mesmo pseudônimo utilizaria mais tarde em suas correspondências e mensagens.
[carece de fontes]
A história me absolverá
No julgamento que se seguiu pelas ações, assumiu sua própria defesa e defendeu o direito dos povos de lutarem contra a tirania. Condenado a quinze anos de prisão, começou a cumprir a pena na prisão de Boniato (
Santiago de Cuba) e depois foi transferido ao
Presídio Modelo (Isla de Pinos), onde reelaborou sua auto-defesa que levou o nome de
A História me Absolverá, e teve sua primeira publicação e distribuição clandestinas em 1954 e desde então foi editada numerosas vezes em
Cuba, como em muitos outros países e traduzido nos mais diversos idiomas.
[carece de fontes]
Anistia
Após ser anistiado em maio de 1955 graças a um amplo movimento popular, ocorreu uma intensa tarefa periodística de caráter político através do diário
La Calle e do semanário
Bohemia e em aparições radio-auditivas e televisivas enquanto estruturava o movimento 26 de julho em escala nacional e internacional.
[carece de fontes]
Novo exílio no México
Porém, ao começarem a censurar seus artigos e cerrar as vias e meios legais de expressão de suas ideias, decidiu seguir, apenas dois meses depois ao seu exílio no
México onde trabalhou na preparação dos homens que o acompanhariam em seu intento de iniciar a luta insurrecional em
Cuba, participou em atividades políticas, escreveu o Manifesto número um do
Movimento 26 de Julho ao povo de Cuba que circulou clandestinamente na Ilha e firmou, com José Antonio Echeverría, presidente da FEU, o Pacto do México a favor da unidade das forças que se opunham à ditadura de
Fulgencio Batista.
[carece de fontes]
Preparação da revolução
Neste ínterim, desenhou e guiou a tática e a estratégia da luta contra a ditadura batistiana, financiada e apoiada pela unidade de ação das forças opositoras revolucionárias. Comandou diversos combates que culminaram em vitórias de suas tropas, orientou a criação de novas frentes guerrilheiras em Oriente e Las Villas, trabalhou na preparação de leis fundamentais que deveriam promulgar-se uma vez alcançada a vitória e divulgou suas ideias nacional e internacionalmente, através de meios improvisados na própria Sierra Maestra como o periódico
El Cubano Libre, a emissora Radio Rebelde - ainda atuante - e mediante entrevistas realizadas por periodistas cubanos e estrangeiros.
[carece de fontes]
Pós-revolução
Fidel Castro assina o termo de posse como Primeiro Ministro de Cuba em 16 de fevereiro de 1959.
Depois do desmonte do regime ditatorial pela fuga de Batista em 1 de janeiro de 1959, convocou generais para consolidar a vitória da Revolução e marchou até
Havana, onde entrou em 8 de janeiro. O Governo revolucionário instaurado o designou primeiramente Comandante em Chefe de todas as forças armadas e depois, em meados de fevereiro, Primeiro Ministro.
[carece de fontes]
Nuestro pueblo heroico ha luchado 44 años desde una pequeña isla del Caribe a pocas millas de la más poderosa potencia imperial que ha conocido la humanidad. Con ello ha escrito una página sin precedentes en la historia. Nunca el mundo vio tan desigual lucha.
—Discurso de 1 de maio de 2003, em Havana.
| Nosso povo heróico lutou 44 anos desde uma pequena ilha do Caribe, a poucas milhas da mais poderosa potência imperial que a humanidade já conheceu. Com ele escreveu uma página sem precedentes na história. Nunca o mundo viu uma luta tão desigual. |
Imediatamente começou a impulsionar a criação de um novo aparato estatal, escreveu leis a favor dos setores mais desfavorecidos, entre essas leis encontra-se a lei de
Reforma Agrária, que firmou ainda em
Sierra Maestra em
17 de maio. Também fundou órgãos de novo tipo como o Instituto Nacional de Reforma Agrária (INRA, do qual foi seu primeiro presidente) e instituições culturais como a Imprensa Nacional de Cuba e o Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica (ICAIC). O anúncio de sua renúncia ao cargo de primeiro-ministro em meados de julho de 1959 pelos obstáculos colocados pelo presidente Manuel Urrutia às leis e medidas revolucionárias, motivou uma massiva exigência popular para que se reincorporasse ao mesmo e forçou a renúncia do presidente.
[carece de fontes]
Em 26 de julho retomou o cargo. A partir de então pode levar adiante, desde os primeiros anos posteriores ao triunfo da Revolução, medidas e atividades de grande envergadura para o desenvolvimento ulterior do pais em todas as ordens, como a nacionalização de empresas estrangeiras, a Reforma Urbana, o desenvolvimento da indústria nacional e a diversificação agrícola, a campanha de alfabetização, a nacionalização e gratuitidade do ensino em todos os níveis, a eliminação da saúde pública privada e do desporte profissional, a melhoria das condições de vida dos setores mais populares, o estabelecimento de vínculos com nações de todo o mundo e todos os sistemas sociais de governo, a incorporação de
Cuba ao
Movimento de Países Não Alinhados, a definição de uma política exterior independente, e a declaração do caráter socialista da revolução em abril de 1961.
[carece de fontes]
Conseguiu, ademais, a unidade das forças revolucionárias e anti-imperialistas do país em organizações massivas como a Associação de Jovens Rebeldes (ARJ), os Comitês de Defesa da Revolução (CDR), as Milícias Nacionais Revolucionárias (MRN), a União de Pioneiros de Cuba (UCP), a Federação de Mulheres Cubanas (FMC) e outras de caráter mais seletivo e político. Escreveu textos fundamentais da história contemporânea de
Cuba e da
América Latina como os da Primeira (1960) e Segunda (1962) Declaração de Havana. Em abril de 1961 dirigiu pessoalmente as tropas que derrotaram a invasão mercenária em Playa Girón, financiada e organizada pelos
Estados Unidos.
[carece de fontes]
Fidel Castro discursando em Havana, 1978, imagem por Marcelo Montecino.
Sua intervenção em uma reunião com escritores e artistas na Biblioteca Nacional José Martí em junho de 1961, publicada depois sob o título Palavras aos Intelectuais, definiu aspectos da política cultural da Revolução ainda vigentes e facilitou a realização, em agosto deste mesmo ano, do Primeiro Congresso Nacional de Escritores e Artistas de Cuba.
[carece de fontes] Foi membro do conselho de direção de Cuba Socialista (1961-1967). Desde outubro de 1965, quando o PURCS tomou o nome de
Partido Comunista de Cuba, (PCC), têm sido membro de seu Comitê Central e seu Primeiro Ministro.
[carece de fontes]
Assim mesmo, ao constituir-se a Assembleia Nacional do Poder Popular em 1977, esta o elegeu Presidente dos Conselhos de Estado e Ministros, cargos nos quais tem sido ratificado desde então. Por suas responsabilidades a frente do PCC, o Estado e o Governo cubanos tem sido o principal orientador e impulsor das estratégias de desenvolvimento do país em todos os sentidos, assim como o arquiteto da política internacional da
Revolução Cubana.
[carece de fontes]
Relações mundiais
Em 2012, o jornal alemão
Die Welt noticiou que, no contexto na
Crise dos Mísseis de Cuba, diante dos riscos de uma possível invasão à ilha, Fidel Castro teria contratado antigos soldados nazis das SS para treinar os militares cubanos. A partir da repercussão da matéria, o Jornal de Noticias informa que os serviços secretos alemães teriam como certa a presença em Cuba de pelo menos dois dos quatro membros das SS convidados pelo regime de Fidel Castro, que teriam ido para Cuba ganhar salários quatro vezes superiores ao que um alemão médio auferia naquela época
[37]. Ainda, segundo a mesma fonte, no mesmo ano Fidel Castro teria tentado comprar armamento belga através de intermediários da extrema-direita alemã.
[carece de fontes]
Em 13 de março de 1995, Fidel faz sua primeira visita à França, a uma potência ocidental desde a
revolução de 1959. Na ocasião, Fidel declarou que a visita significava o fim do
apartheid imposto a Cuba pelo Ocidente e atacou o bloqueio comercial imposto pelos Estados Unidos há mais de três décadas.
[38]
De especial significado tem sido sua presença nas cúpulas do
Movimento de Países Não-Alinhados. Documentos políticos, discursos, intervenções, artigos e entrevistas suas têm sido difundidos em livros próprios ou compilações, em filmes e nos mais importantes órgãos de imprensa escrita e emissoras de rádio e televisão de
Cuba e de todo o mundo. Em 1961 foi-lhe atribuído o
Prêmio Lênin da Paz.
[carece de fontes]
Várias universidades da
Europa e
América Latina lhe conferiram o título de
Doctor Honoris Causa. Tem recebido também múltiplas condecorações por seu labor em prol das relações com outros países, assim como o Prêmio Mijail Sholojov outorgado pela União de Escritores da Rússia em 1995.
[carece de fontes]
Transferência inédita e retirada de poder
Em 26 de julho de 2006, Fidel Castro ia a bordo de um avião que fazia a viagem entre as cidades cubanas de Holguín e Havana quando teve uma primeira hemorragia relacionada com a doença nos intestinos que o afastou da vida pública.
[carece de fontes]
Não havia nenhum médico a bordo do avião, por isso o aparelho aterrou de emergência para que Fidel Castro fosse hospitalizado. A doença do líder histórico cubano foi então considerada segredo de Estado, mas foram mobilizados os melhores médicos e quatro meses depois, o médico espanhol José Luis Garcia Sabrido, chefe de cirurgia do hospital Gregório Marañón em Madrid, viajou até Cuba para acompanhar a situação
[39].
Fidel Castro diante da estátua de
José Martí, em Havana, 2003. Fidel Castro se retirou do poder em 2008 por problemas de saúde.
Em 1 de agosto de 2006, Fidel Castro delegou em caráter provisório, por conta de uma doença intestinal que, segundo o próprio, seria grave,
[40] suas funções de comandante supremo das Forças Armadas, secretário-geral do Partido Comunista de Cuba e de presidente do Conselho de Estado (cargo máximo da República Cubana) ao seu irmão
Raúl Castro, Ministro da Defesa. Inúmeras críticas surgiram, e em outubro de 2006 a
imprensa mundial afirmou que ele tem um
câncer,
[41] fato não confirmado.
[carece de fontes]
Em 19 de fevereiro de 2008, Castro anunciou ao jornal do
Partido Comunista, o
Granma, que não se recandidataria ao cargo de presidente de
Cuba, cinco dias antes de o seu mandato terminar.
[1]
O poder passou em definitivo para as mãos de seu irmão Raúl Castro após Fidel Castro decidir retirar-se do poder em 24 de fevereiro de 2008, após o parlamento definir a nova cúpula governamental.
[1] Cinco dias depois, Fidel anunciou que não aceitaria novamente, se eleito, o cargo de Chefe de Estado. Em uma mensagem publicada no jornal oficial
Granma, ele escreveu e assinou:
“ | Não aspirarei nem aceitarei - repito - não aspirarei nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e Comandante-em-Chefe.[42] | ” |
Ele também escreveu que estaria traindo sua consciência ocupando uma responsabilidade que requer uma mobilidade que não estaria mais em condições físicas de exercer. Mesmo com a renúncia de Castro, o ex-
presidente americano,
George Bush, não retirou as sanções americanas impostas a
Cuba. Fidel Castro diz que continuará escrevendo sua coluna no jornal cubano e não pode continuar no poder por insuficiência em sua saúde. Ele permaneceu como membro do parlamento após a sua eleição como um dos 31 membros do Conselho de Estado. Também manterá o cargo de primeiro-secretário do
Partido Comunista de Cuba.
[carece de fontes]
Vida pessoal
Família
Com sua primeira esposa,
Mirta Díaz Balart, Fidel Castro tem um filho chamado Fidel "Fidelito" Castro Díaz-Balart. Mirta e Fidel
divorciaram-se em 1955, tendo ela se casado novamente e, após uma temporada em
Madrid, teria voltado a residir em Havana para viver com Fidelito e sua família.
[43]Fidelito cresceu em
Cuba e por um período dirigiu a comissão para a
energia atômica do país, tendo sido retirado do posto por seu pai.
[44]
Fidel tem outros cinco filhos com sua segunda esposa, Dalia Soto del Valle: Alexis, Alexander, Alejandro, Antonio e Ángel.
[44]
No total, pelo menos seis membros de sua família vivem nos EUA, no
bairro de
Little Havana em
Miami: sua irmã,
[47] duas filhas
[50] e três de seus netos, que levam, em geral, uma vida longe da
mídia.
Patrimônio
Em julho de 2014 foi publicado o livro "
A vida Secreta de Fidel", escrito por Juan Reinaldo Sanchez um ex-guarda-costas de Fidel. Sanchez, que fora preso em Cuba e acusado de traição exilou-se nos Estados Unidos em 2008, onde conheceu o jornalista francês
Axel Gyldén que o ajudaria a escrever o livro.
[51] O autor afirma que Fidel nunca abandonou o capitalismo e cita entre seus bens algumas extravagâncias como a posse de uma ilha particular, uma reserva pessoal de caça, uma marina com quatro iates de alto luxo, um barco de pesca e pelo menos 20 residências igualmente recheadas de conforto. O livro ainda afirma que Fidel teria um enorme aquário cheio de golfinhos e tartarugas, que gosta de exibir a familiares e a amigos mais próximos.
[52]
Em 2005 a revista
Forbes especulou que o patrimônio de Fidel Castro atingiria aproximadamente 550 milhões de dólares. A Forbes chegou a esse número pela soma do patrimônio das empresas estatais do governo de Cuba. Com essa fortuna acumulada, especulou a revista, ele teria alcançado o décimo lugar na categoria "governantes e membros da realeza mais ricos do mundo".
[53]
A
Forbes disse à
BBC que, para estimar a presumível fortuna de Fidel, calculou o valor de mercado de várias empresas estatais cubanas, e atribuiu um percentual do valor assim obtido ao patrimônio pessoal de Fidel Castro. Um porta voz da revista confirmou à BBC que a revista não tem nenhuma prova de que Fidel Castro tenha contas bancárias no exterior, embora a revista mantenha que Fidel teria "uma fortuna".
[54]
Tais dados foram negados por Fidel no ano seguinte, ao considerar a notícia como uma infâmia com o objetivo de desprestigiar a revolução cubana "
anular Cuba e pintar Castro como um ladrão".
[55] Na oportunidade, Fidel Castro desafiou:
“ | Se eles provarem que tenho um conta no exterior de 900 milhões, de um milhão, de 500 mil, de 100 mil ou de um dólar, eu renuncio a meu cargo e às funções que desempenho. | ” |
Fidel ainda alegou que a revista estaria ligada aos serviços de inteligência dos Estados Unidos, e afirmou que o próprio presidente
Ronald Reagan teria nomeado o editor da revista para o cargo de coordenador das transmissões de
rádio da
Voz da América dirigidas à
União Soviética durante a
Guerra Fria.
[54] Ainda, segundo Fidel, muitos meios de comunicação, por todo o mundo, estariam buscando, "de maneira suja e baixa, desprestigiar a Revolução, anular Cuba e pintar Castro como um ladrão".
Morte
Fidel Castro morreu em
Havana na noite de 25 de novembro de 2016, aos 90 anos.
[2] A morte do líder cubano foi anunciada pela
TV estatal cubana. Castro morreu às 22h29 e o corpo do ex-presidente de Cuba será
cremado, "atendendo a seus pedidos", informou
Raúl Castro, na TV estatal. A última vez que Fidel havia sido visto publicamente foi em 15 de novembro, quando recebeu o presidente do
Vietnã,
Tran Dai Quang.
[56]
Críticas
Opositores
Milhares de cubanos deixaram o país durante e depois da revolução que levou Fidel Castro ao poder, fosse por razões políticas ou econômicas. Após 35 anos da instalação do governo revolucionário, estima-se que cerca de 32 000 cubanos deixaram a ilha em direção aos
Estados Unidos.
[57] De acordo com o jornal francês
L'Humanité, a cada ano, 20.000 cubanos solicitam vistos de permanência em solo norte-americano.
[58] Milhares deles envolveram-se em menor ou maior grau em organizações apoiadas pelo governo dos EUA, a fim de derrubar ou pelo menos para desafiar o seu governo mas, as ações violentas dos
anos 1960 falharam.
Jacobo Machover estima em várias centenas de milhares o número de adversários de Fidel Castro.
[59]
Presos políticos
Opositores afirmam que presos políticos morrem em prisões cubanas,
[64] dentre os quais o mais famoso é o
poeta católicoPedro Luis Boitel. Muitos escritores também foram perseguidos durante suas vidas sem poder sair livremente Cuba como o
homossexual Reinaldo Arenas (que conseguiu fugir de Cuba, mas
suicidou-se nos Estados Unidos),
José Lezama Limae
Virgilio Piñera. No entanto, segundo a
Anistia Internacional, a repressão continua a ser muito forte: "
Durante 2006, houve um aumento do assédio do público e intimidação dos críticos do regime e dissidentes políticos por grupos semi-oficiais em operações chamado de "repúdio". Atos de repúdio ou manifestações de partidários do governo contra de dissidentes políticos ou críticos do regime aumentaram.
[65]
Alegadamente muitas prisões são feitas fundamentadas em uma suposta "periculosidade social", definida como uma "propensão a cometer um delito". Nestas medidas de prisão preventiva os termos embriaguez, toxicodependência seriam frequentemente aplicados aos opositores
[66] podendo resultar em condenações criminais.
[carece de fontes]
Muitos adversários do regime foram presos, e um dos mais famosos é
Armando Valladares que relatou suas experiências em "Against All Hope", condenado pelo uso de explosivos em
Havana em 1960.
Regis Debray, que foi enviado por
François Mitterrand para a sua libertação, em 1980, escreveu mais tarde, que Armando Valladares tinha se passado por
paralítico quando, na realidade, estava com a saúde perfeita.
[67] Este último também ganhou mais tarde a cidadania americana e tornou-se
embaixador de
Ronald Reagan na
ONU.
[68]
Ver também
Referências
- ↑ Ir para:a b c Fidel Castro sai de cena - PortugalDiário.pt, 19 de fevereiro de 2008.
- ↑ Ir para:a b c d e «Cuba's Fidel Castro, former president, dies aged 90». BBC. 26 de novembro de 2016.
- Ir para cima↑ «Fidel Castro confirmou que já não é dirigente do Partido Comunista».
- Ir para cima↑ "Freedom of the Press 2009", página 20. Freedom House
- Ir para cima↑ "Democracy Index 2010"
- Ir para cima↑ Cuba: La maquinaria abusiva de Fidel Castro se mantiene intacta - Human Rights Watch, 18 de fevereiro de 2008.
- Ir para cima↑ Cuba: juicio viola el derecho de los disidentes a la libertad de expresión - Human Rights Watch, 21 de abril de 2004.
- Ir para cima↑ En el primer aniversario de la ola represiva contra disidentes pacíficos en Cuba - Human Rights Watch, 17 de março de 2004.
- Ir para cima↑ Cuba registra taxa mais baixa da História de mortalidade infantil
- Ir para cima↑ Bolívia é o terceiro país da América Latina a erradicar o analfabetismo
- Ir para cima↑ UNICEF: Cuba free of child malnutrition
- Ir para cima↑ |Chernobil continua chegando a Cuba
- Ir para cima↑ Cuba and the South African anti-apartheid struggle
- Ir para cima↑ Cuban infusion remains the lifeblood of Timor-Leste's health service
- Ir para cima↑ «Raúl Castro é confirmado novo chefe do Partido Comunista de Cuba com Machado Ventura como vice». O Globo. Consultado em 19/04/2011.
- Ir para cima↑ «Raul Castro to lead Cuba's Communist Party». CNN. Consultado em 19/04/2011.
- Ir para cima↑ Folha da Região. Fidel Castro recebe prêmio do Conselho Mundial da Paz, diz rádio cubana. Acesso em 30 de abril de 2011
- Ir para cima↑ Bourne 1986, p. 14; Coltman 2003, p. 3; Castro and Ramonet 2009, pp. 23–24.
- Ir para cima↑ Bourne 1986, pp. 14–15; Quirk 1993, pp. 7–8; Coltman 2003, pp. 1–2; Castro and Ramonet 2009, pp. 24–29.
- Ir para cima↑ Bourne 1986, pp. 14–15; Quirk 1993, p. 4; Coltman 2003, p. 3; Castro and Ramonet 2009, pp. 24–29.
- Ir para cima↑ Bourne 1986, pp. 16–17; Coltman 2003, p. 3; Castro and Ramonet 2009, pp. 31–32.
- Ir para cima↑ Quirk 1993, p. 6; Coltman 2003, pp. 5–6; Castro and Ramonet 2009, pp. 45–48, 52–57.
- Ir para cima↑ Bourne 1986, pp. 29–30; Coltman 2003, pp. 5–6; Castro and Ramonet 2009, pp. 59–60.
- Ir para cima↑ Quirk 1993, p. 13; Coltman 2003, pp. 6–7; Castro and Ramonet 2009, pp. 64–67.
- Ir para cima↑ Bourne 1986, pp. 14–15; Quirk 1993, p. 14; Coltman 2003, pp. 8–9.
- Ir para cima↑ Quirk 1993, pp. 12–13,16–19; Coltman 2003, p. 9; Castro and Ramonet 2009, p. 68.
- Ir para cima↑ Bourne 1986, p. 13; Quirk 1993, p. 19; Coltman 2003, p. 16; Castro and Ramonet 2009, pp. 91–92.
- Ir para cima↑ Bourne 1986, pp. 9–10; Quirk 1993, pp. 20, 22; Coltman 2003, pp. 16–17; Castro and Ramonet 2009, pp. 91–93.
- Ir para cima↑ Bourne 1986, pp. 34–35; Quirk 1993, p. 23; Coltman 2003, p. 18.
- Ir para cima↑ Coltman 2003, p. 20.
- Ir para cima↑ Bourne 1986, pp. 32–33; Coltman 2003, pp. 18–19.
- Ir para cima↑ Bourne 1986, pp. 34–37,63; Coltman 2003, pp. 21–24.
- Ir para cima↑ Bourne 1986, pp. 39–40; Quirk 1993, pp. 28–29; Coltman 2003, pp. 23–27; Castro and Ramonet 2009, pp. 83–85.
- Ir para cima↑ Coltman 2003, pp. 27–28; Castro and Ramonet 2009, pp. 95–97.
- Ir para cima↑ Bourne 1986, pp. 35–36, 54; Quirk 1993, pp. 25, 27; Coltman 2003, pp. 23–24,37–38, 46; Von Tunzelmann 2011, p. 39.
- Ir para cima↑ Franqui, Carlos. "Fidel Castro's Trip to the United States" - in Family Portrait with Fidel. Random House, Nova York.
- Ir para cima↑ «Fidel Castro recrutou nazis para o exército cubano».
- Ir para cima↑ "Livro do Ano 1996", pg. 23. Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. São Paulo (1994).
- Ir para cima↑ «Doença de Fidel Castro começou com uma hemorragia a bordo de um avião».
- Ir para cima↑ Fidel Castro delega suas funções pela primeira vez. - Agência EFE, (in UOL News), 31 de julho de 2006.
- Ir para cima↑ Fidel estaria recusando tratamento contra suposto câncer, diz jornal - O Globo, 8 de dezembro de 2006.
- Ir para cima↑ EUA devem manter embargo contra Cuba, diz assessor de Bush - G1, 19 de fevereiro de 2008.
- Ir para cima↑ Bardach, Ann Louise: Cuba Confidential. p. 67. "One knowledgable source claims that Mirta returned to Cuba in early 2002 and is now living with Fidelito and his family." ("Uma fonte com conhecimento alega que Mirta retornou a Cuba no início de 2002 e está vivendo atualmente com Fidelito e sua família.")
- ↑ Ir para:a b c Anderson, Jon Lee. "Castro's Last Battle: Can the revolution outlive its leader?" The New Yorker, 31 de julho de 2006.
- Ir para cima↑ «Cuba's first family not immune to political rift». Reuters(in Canada.com). 8 de agosto de 2006. Consultado em 10-8-2006.
- Ir para cima↑ «The Internet Movie Database (IMDb) - The Life of Juanita Castro». 1965. Consultado em 5-8-2006.
- ↑ Ir para:a b Brasil Online Notícias - Juanita Castro, irmã de Fidel, era agente da CIA. Jean-Michel Caroit, 2 de Novembro de 2009, acessado em 14/01/2014.
- Ir para cima↑ Le Point - La soeur de Fidel Castro, collaboratrice de la CIA? 26 de Outubro de 2006, (em francês), acessado em 14/01/2016.
- Ir para cima↑ FIDEL E RAUL, MEUS IRMAOS: A HISTORIA SECRETA.Autora: Juanita Castro. Planeta do Brasil, 2011. ISBN 9788576656050 Adicionado em 14/01/2016.
- Ir para cima↑ Ocnus - The Life and Loves of Fidel Castro. Christine Toomey, 28 de Dezembro de 2008, (em inglês), acessado em 14/01/2016.
- Ir para cima↑ «Fidel Castro lived like a king in Cuba, book claims». Consultado em 29/10/2015.
- Ir para cima↑ «Ex-guarda-costas diz que Fidel tinha ilha, iates e mais de 20 casas».
- Ir para cima↑ Fidel diz que sua inclusão na lista dos mais ricos da "Forbes" é "infâmia" - Folha Online, 18 de março de 2005.
- ↑ Ir para:a b EVANS, Stephen. Forbes insiste en la fortuna de Castro. BBC World, 17 de maio de 2006
- Ir para cima↑ Ravsberg, Fernando. Castro le responde a Forbes.Havana: BBC Mundo, BBCMundo.com, 16 de maio de 2006
- Ir para cima↑ Da redação (26 de novembro de 2016). «Morre aos 90 anos Fidel Castro, ex-presidente de Cuba». G1. Consultado em 26 de novembro de 2016.
- Ir para cima↑ Libération - Quinze ans après, les «balseros» cubains rament toujours . Eric Landal, 14 de Outubro de 2009, (em francês), acessado em 14/01/2016.
- Ir para cima↑ L'Humanité - Tranches de vie de balseros cubains.Françoise Escarpit, 30 de Outubro de 1999, (em francês), acessado em 14/01/2016.
- Ir para cima↑ Jacobo Machover, "Cuba : la peur, l’exil et l’entre-deux", dans Raisons politiques, 3, 2001. Acessado em 14/01/2016.
- Ir para cima↑ Cuba-Si Arquivo Acessado em 14/01/2016.
- Ir para cima↑ Cuba-Si (Arquivo) Acessado em 14/01/2016.
- Ir para cima↑ FDIH (Arquivo) Acessado em 14/01/2016.
- Ir para cima↑ RSF (Arquivo) Acessado em 14/01/2016.
- Ir para cima↑ Amnesty.org (Arquivo) Acessado em 14/01/2016.
- Ir para cima↑ Amnesty.org Acessado em 14/01/2016.
- Ir para cima↑ Relatorio AI (Arquivo) Acessado em 14/01/2016.
- Ir para cima↑ Régis Debray, Les Masques, Gallimard, 1987, pág. 213. Acessado em 14/01/2016.
- Ir para cima↑ Ignacio Ramonet, Fidel Castro: Biographie à deux voix.Éditions Fayard, Paris 2007, págs. 419-421 Acessado em 14/01/2016. Acessado em 14/01/2016.
Bibliografia
- Bourne, Peter G. (1986). Fidel: A Biography of Fidel Castro (em inglês) (Nova Iorque, NI: Dodd, Mead & Company). ISBN 978-0396085188.
- Coltman, Leycester (2003). The Real Fidel Castro (em inglês) (New Haven e Londres: Yale University Press). ISBN 978-0300107609.
- Quirk, Robert E. (1993). Fidel Castro (em inglês) (Nova Iorque e Londres: W.W. Norton & Company). ISBN 978-0393034851.
- Von Tunzelmann, Alex (2011). Red Heat: Conspiracy, Murder, and the Cold War in the Caribbean (Nova Iorque, NI: Henry Holt and Company). ISBN 978-0805090673.
Ligações externas