terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Morre o filho de Dermi Azevedo.


Não tenho certeza, mas acho que Dermi Azevedo é seridoense de Jardim do Seridó e seu pai era Curraisnovense.  (cvp)

Repassando, como recebi ..
È verdade, mas acho que o pai era de Jardim do Seridó ou Parelhas, caro César.

E ainda tem gente que defende a ditadura.



18 de fevereiro de 2013 às 12:12

O desabafo e a dor de Dermi Azevedo pela morte do filho, preso e torturado quando bebê


Publicado em Memória
Carlos Alexandre com os pais, aos 3 anos – Foto: Cedida/IstoÉ
Jornalista e cientista político potiguar que fez carreira em São Paulo, ex-preso político e um dos fundadores do Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH, Dermi Azevedo usou a sua página no Facebook para expor sua dor pela morte do filho Carlos Alexandre, que este ano completaria 40 anos. Já havia tentado o suicídio outras vezes.
No dia 15 de janeiro de 1974, com apenas 1 ano e 8 meses, Carlos Alexandre foi preso e torturado pela ditadura militar. Levado junto com sua mãe, Darcy Andozia. Em maio do mesmo ano, quando Dermi deixou a prisão, voltou com  a família para o RN. Primeiro moraram em Currais Novos, depois vieram para Natal. Dermi ingressou no curso de Jornalismo da UFRN, onde se formou em 1979. Retornaram para São Paulo e em 1984 ele começou a trabalhar no jornal Folha de São Paulo.
Em entrevista à revista ‘IstoÉGente’, Carlos Alexandre, então com 37 anos, disse à repórter Solange Azevedo: “A ditadura não acabou”.
Confessou: “Até hoje sofro os efeitos da ditadura. Tomo antidepressivo e antipsicótico. Tenho fobia social”.
À revista, o pai fez declarações chocantes: - “Meses depois de sair da prisão, soube que o meu filho tinha sido vítima de choques elétricos e outras sevícias. ele foi jogado no chão e bateu a cabeça. maltratar um bebê é o suprassumo da crueldade”.
Mais: “O meu filho apanhou dos policiais do Deops porque estava chorando de fome. levou um tapa tão forte que cortou os lábios”.
Que toda história horrenda da ditadura militar não fique mais impune. É a vergonha e a desumanidade que o Brasil ainda teima esconder nos podres porões.
Eis a entrevista – emocionante – com Carlos Alexandre na IstoÉGente.
O desabafo no Facebook: